sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Judeus e Romanos condenam a morte um homem inocente - Parte II

Estamos concluindo com esta publicação, a nossa matéria sobre a Prisão, Condenação e Morte de Jesus Cristo, mostrando como ocorreram as audiências entre Jesus e as autoridades romanas e fazendo as nossas conclusões.

II – DIANTE DAS AUTORIDADES ROMANAS

As autoridades religiosas (Sinédrio) condenaram Jesus à morte, mesmo sem encontrar provas suficientes para isso, e considerando que não tinham autoridade para executar ninguém, decidiram encaminhar Jesus às autoridades romanas, acusando-o de crimes contra essas autoridades, como traição, rebelião, de incitar a população a desobedecer a, César, rei de Roma, e ainda a aconselhar o povo a não pagar os seus tributos a essa autoridade, crimes que eram punidos pelo governo romano de morte.

1. Primeira audiência com Pilatos

Pilatos - É o governador das províncias de Judéia e de Samaria. É de descendência Romana e tem autoridade política sobre as 4 províncias, inclusive sobre as duas, onde Herodes governa.
Pilatos após interrogar Jesus ficou admirado por Jesus não defender-se, percebe tratar-se de uma conspiração preparada contra aquele homem inocente e quis liberá-lo, mas sofrendo pressões de Roma para manter a paz naquela região (Judéia), e temeu pelo tumulto causado pelos líderes religiosos judeus.
Pilatos tinha nas mãos o poder para libertar esse homem, mas demonstrou estar mais preocupado com as conveniências políticas do que com o agir corretamente. Ele teve várias oportunidades para tomar a decisão certa. Sua consciência dizia que Jesus era inocente; foi advertido pela sua esposa que não condenasse aquele justo, pois ela havia tido um pesadelo. A lei romana vigente assegura que um homem inocente não deve ser condenado à morte. Pilatos não teve uma única razão para condenar Jesus, mas preferiu agradar a multidão. A multidão parece ser inconstante, sem compaixão e desleal. Podemos observar isso, nesses poucos dias, aqui em Jerusalém, no domingo passado aclamaram Jesus porque pensaram que ele era o rei dos israelitas, mas na sexta feira o condenaram como o mais vil dos seres humanos quando perceberam que seus poderes haviam cessado, e preferiram libertar um revolucionário e assassino.
Alguns fatos registrados nos mostram que os judeus já ameaçaram denunciar formalmente Pilatos ao poder de Roma por constantes descasos com as tradições judaicas. Se deixasse de atender aos apelos dos religiosos em condenar Jesus, estaria numa posição incômoda diante de Roma.
Pilatos, portanto, “lavando as mãos”, diante de uma situação extremamente difícil, deixou por conta da multidão insuflada, sem piedade, decidir pela vida de um inocente. Esse “lavar as mãos de Pilatos” não o inocenta de suas responsabilidades nem da culpa por errar ou consentir o erro.
Como um político de carreira, Pilatos sabia da importância de fazer concessões. Pilatos considerou Jesus mais como uma ameaça política do que como um ser humano com direitos e dignidade. Pilatos nos mostra que quando os riscos são altos, é difícil defender o que é direito, o que é justo, o que é verdadeiro. É mais fácil ver nossos oponentes (opositores) como problemas a serem resolvidos, não como pessoas, mas como objetos políticos.
Pilatos se curvou a multidão ou aos seus interesses políticos? Ou a ambos?
Não sejamos como Pilatos. Quando tivermos situações difíceis e descobrirmos o que fazer, façamos o que for correto, o que nos parecer justo. Seja corajoso, mesmo percebendo que a sua decisão pode lhe trazer conseqüências desagradáveis: prejuízo financeiro, rejeição social e política. Tome a decisão de posicionar-se do lado do que é certo; do que é justo; do que é digno; do que é agradável a Deus.

2. A audiência com Herodes Antipas

Herodes Antipas – É o governador das províncias de Galiléia e de Peréia. Não tem de descendência romana (em parte judeu). Tem autoridade política sobre a cidadania de Jesus, que é de Nazaré da Galiléia. Os dois governadores (Pilatos e Herodes) não conviviam pacificamente, estando sempre em conflitos e intrigas políticas.
Pilatos, ao reconhecer a autoridade de Herodes sobre a Galiléia, resolve enviar Jesus a presença desse governo, que se encontra em Jerusalém para celebrar a Páscoa. Esse ato permite uma reaproximação entre os dois governadores. Entretanto, nenhum dos dois soube exatamente o que fazer naquela situação difícil do julgamento de Jesus.
Herodes Antipas já conhecia Jesus por seus atos de milagres realizados por onde andava, por isso recebeu Jesus na expectativa de ver algum sinal (milagre), mas ele permaneceu em silêncio. Assim, Herodes manda Jesus de volta a Pilatos por não identificar nenhum crime praticado por ele.

3. A segunda audiência com Pilatos

Pilatos demonstra não gostar do povo judeu e também não estava interessado em condenar Jesus porque sabia tratar-se de um homem inocente, sabia, também, que a sua absolvição poderia causar uma revolta em seu domínio, custando-lhe o cargo. Inicialmente açoitou Jesus, um ato ilegal e desumano para tentar agradar aos líderes judeus. Finalmente, tentou uma última cartada: é tradição soltar um homem condenado durante esses festejos da Páscoa, e Pilatos sugere que Jesus seja solto (perdoado), mas a multidão, incitada pelos líderes religiosos faz a opção por um criminoso homicida de nome Barrabás, já condenado à morte na cruz. Mas Pilatos toma uma posição de bem-estar e de covardia abandona o seu senso de justiça e condena Jesus à morte de cruz, “Lavando as mãos”.

CONCLUSÃO

Assim, concluimos as nossas pesquisas, nossos estudos, foi muito gratificante o conhecimento que tivemos, e ficamos com uma certeza:
Jesus morreu para salvar a humanidade do pecado, que pelo seu prórpio querer e capacidade não tinha como se salvar. Jesus foi crucificado pelo próprio povo judeu e pelas autoridades romanas que não tiveram a capacidade de pesquisar e compreender os textos sagrados existentes. E nós, o que estamos fazendo, hoje?

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